sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Verdadeiro sentido do Natal



Todos os anos a cena se repete: ruas iluminadas, lojasdecoradas, portas enfeitadas, confraternizações e trocas de presentes. Está encantador passar a noite pelo centro da cidade, pelos shoppings e ver a quantidade de luzes e enfeites anunciando o Natal.
Por um momento, o mundo volta sua atenção para um pequeno cenário onde se destacam três personagens: um homem, uma mulher e uma criança deitada em uma manjedoura. No presépio está o símbolo natalino que mais encanta, porque retrata o verdadeiro sentido do natal: o nascimento de Jesus.
Neste momento, parece que o sentido da vida torna-se simples, fácil de compreender. Quando Maria recebeu a notícia de que seria a mãe do Salvador ela se assustou, mas também acreditou e acolheu gerar o menino em seu ventre. José também hesitou com a notícia da gravidez de Maria, mas não temeu em acolhê-la ao seu lado e também ao neném. Imagino que é assim que Cristo espera ser recebido ao nascer neste Natal: sendo acolhido com o coração e os braços abertos. Todo nascimento gera alegria, em se tratando do nascimento do Salvador da humanidade a alegria é ainda maior. Jesus é rei, mas nasceu da maneira mais simples: num estábulo, ao lado de bois e vacas, porque seus pais não encontraram hospedaria.

Hoje, talvez precisemos nos refugiar em lojas cheias e ruas congestionadas, em busca de um sentido para estarmos juntos em uma noite do ano, para celebrarmos o aniversário de um homem chamado Jesus. Muitos o buscam entre a multidão perdida, que corre de um lado para o outro em busca de presentes e lembrancinhas.

Nos dias de hoje, o Natal tem diversos significados: para os capitalistas é tempo de lucros, para os consumistas é tempo de gastar e consumir, para os pessimistas é só mais um ano que vai acabar; para as crianças é esperança de muitos presentes, mas, para que tem fé, quem crê no amor de Deus, o Natal é um misto de festa, reflexão e esperança.O sentido do Natal reside em cada um de nós. Ele representa a nossa visão de mundo e ainda nossa percepção sobre o que somos e o nosso compromisso em transformarmos a realidade. No Natal, temos a possibilidade de nos darmos a chance de sermos melhores e resgatarmos nossa essência: "a prática do bem, sem olharmos a quem".Poderíamos fazer do Natal uma constante prática em nossa vida. Renascendo sempre para algo melhor, nos surpreendendo a cada dia com a nossa infinita capacidade de aprimorarmos todas as nossas habilidades, sejam intelectuais, emocionais, sociais e espirituais. Jesus pode nos inspirar todos os dias do ano, porém precisamos fazer do nosso coração uma manjedoura, sempre aberta para acolhermos a sua mensagem de amor ao próximo e discernimento sobre nosso papel no mundo dos homens.
É época de renovarmos a nossa fé com a esperança de que o nascimento de Jesus seja concreto em nossa realidade e, com isto, renasça no mundo a bondade, a fraternidade e a paz!
E para que possamos aproveitar essa época festiva devemos refletir, buscar mudanças positivas em nosso cotidiano, oferecendo nossa vida, nosso coração e nossas boas ações ao Senhor Jesus, dando verdadeiro sentido ao Natal.Natal é tempo de paz, de luz em nosso caminho e esperança de salvação, por meio daquele que veio para nos deixar uma mensagem de fé, alegria e amor. Que todos possamos festejar o Natal com este espírito, mesmo diante das dificuldades, das mazelas e das agruras do dia-a-dia. Pois, relembrar que Deus enviou para nós o Salvador é motivo de festa e de renovar as esperanças.
Natal é tempo de recordar o Menino Jesus da Manjedoura, é uma data especial, carregada de uma mensagem de esperança e paz. Natal é tempo de família reunida, de partilha e convivência, de oração e recolhimento, de revisão de vida, de reencontrar pessoas distantes, de lembrar os belos momentos, de acolher os pedidos de perdão e de recomeçar.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Carpe Diem - aproveite o dia!

Se formos a um dicionário de Latim, e procurarmos o termo: Carpe Diem, iremos encontrar o seguinte:"Carpe Diem é uma frase em Latim, e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento. É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro."

Há pouco tempo que descobri o significado da palavra Carpe Diem.
Fiquei encantada com a filosofia que cercava o termo aproveitar o dia. Desde então, a preocupação de estar fazendo algo significativo, de estar aproveitando o meu dia sempre me acompanha. Ao começar a escrever e falar sobre temas relacionados ao planejamento pessoal e administração do tempo, muitas pessoas apontavam como incompatíveis estas idéias com a filosofia Carpe Diem. Comecei a perceber então, que o significado de aproveitar varia significativamente de pessoa para pessoa. Muitos que entendiam como incompatível o planejamento com a filosofia, ligavam o aproveitamento do dia com o lazer, festas e momentos de descontração.
A princípio encarei como normal esta diferença de pontos de vista. No entanto, com o passar do tempo, pude observar que aqueles que tinham os olhos voltados somente para o presente, que priorizavam apenas o momento e super valorizavam o lazer eram aqueles que não conseguiam cumprir metas, sentiam-se perdidos na vida e viviam sem perspectiva de um futuro promissor. Essa condição gerava ansiedade, insegurança e afetava consideravelmente a auto-estima e a autoconfiança. Em outros casos, a valorização não era do lazer, mas da produtividade aproveitar o dia significava fazer o máximo de coisas possíveis. Estes indivíduos também não conseguiam ter uma vida equilibrada.
Para compreender o que quero dizer com aproveitar o dia, veja a sua vida de uma perspectiva de longo prazo, olhando tanto para o futuro, quando para o passado. Há muitas coisas em nossas vidas que poderiam estar melhores no presente se tivéssemos feito algo a mais no passado, muitas vezes, não em quantidade, mas em qualidade. O comportamento imediatista, no entanto, nos rouba do presente a oportunidade de criar um futuro melhor para nós mesmos.

Ficar na cama mais do que o necessário por preguiça quando você sabe que tem coisas a fazer, comer por gula e depois reclamar que está gordo (a), ficar na frente da TV por horas pela simples inércia (falta de disposição ou idéia para fazer algo diferente), fazer o estritamente necessário no trabalho (porque você recebe muito pouco para fazer mais), empurrar a vida com a barriga, dia após dia, fazendo sempre as mesmas coisas e reclamando que nada diferente acontece com você.
Esta, infelizmente, é a condição de boa parte da humanidade vive-se por viver, como se fosse uma pesada obrigação estar por aqui. Em contrapartida, para quem vive assim, aproveitar significa sair da rotina, fugir da própria realidade e viver por alguns momentos uma ilusão qualquer. Olhando do ponto de vista do longo prazo, estes momentos acabam não fazendo muita diferença na balança da vida. Quando você for pesar o que valeu e o que não valeu a pena, o que fará diferença é o que você fez que teve uma repercussão positiva no futuro. É claro que mantemos boas lembranças de momentos também, mas são momentos significativos, situações onde celebramos vitórias, fortalecemos relacionamentos ou tivemos grandes alegrias, não lembramos das vezes em que cedemos à preguiça, à gula ou ficamos perdendo tempo fazendo algo que não trouxe nem uma boa lembrança, nem um resultado qualquer.

A melhor forma de expressar o significado do aproveitamento do dia, é através do velho ditado: você colhe o que você planta. Aproveitar então, seria plantar o melhor futuro possível e cuidar desta plantação. Quem escolhe viver uma vida inercial e aproveitar somente através do lazer, não está plantando nada para o próprio futuro. E você, o que você está plantando?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Quem acredita SEMPRE alcança!



“...Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo...” Isso virou ate canção para os jovens desacreditados, e o que dizem. Acreditar num sonho, programar o caminho a seguir, reinventar os objetivos tudo isso são tentativas para alcançar a satisfação em poder ser alguém. Confiança em você, no seu coração, no seu espelho, no amigo...são provas de que estamos vivos procurando alcançar e acreditar naquilo que acreditamos.
A conexão entre as polaridades do que procuramos nos assinala o conflito daquilo que sentimos transcender o limite, e conhecer os nossos limite e o diferencial entre o pensar e acontecer. A busca pela interação do que queremos e do que podemos neste momento, obter com as tentativas sempre vão nos dizer algo a acrescentar sobre nossa forma de viver.
Escrever a vida, deixar as marcas, e tudo o que o ser humano necessita. Existir e a sensação que nos fornece energia para ir à frente.
Errar e levantar..... Aprender com o que se fez... Realizar–se. Gostar de si... Gostar do outro. Aceitar as pessoas com as diferenças que elas transmitem existir. Desenvolver o bom e transformar o ruim.

As pessoas conseguem achar um novo lugar dentro do velho. E como voltar para casa e sempre ter a impressão de ser a primeira vez. Nosso estado de animo determina nosso estado de alegria ou de tristeza. O equilíbrio das emoções vão delineando nosso perfil de sentir.
A leitura que se faz do que se acredita, diz muito de como anda sua percepção do mundo de você também. O auto perceber-se com toda clareza e liberdade em aceitar o que se vê. Esse caminho ira traçando sinais do que se pode melhorar, ou mudar, ou ainda, exterminar do cotidiano ou de si mesmo.
Ressentir o que se esta sentindo, muitas vezes e aceitável tudo o que se deseja, mas o não acreditar que se pode alcançar faz com que tudo isso perca o rumo original, e direcione para outro lado inverso do que se espera. O teu valor, o conceito de si, a tua ética e aquelas pessoas significativas fazem o teu sol voltar a brilhar mais uma vez.

Amar as próprias conquistas sentir-se capaz de assumir o indesejável. Estabelecer a verdadeira relação com o se espera do viver e responsabilizar-se por isso. Nossas vidas expressam o fenômeno de causa e efeito: Penso, logo existo!
Alimentar alma de coisas boas e dizer algo disso a você, ao espelho, ao amor, ao amigo... compartilhar consigo e com todos.
Quando a gente se abre para vida de verdade, as mudanças acontecem e tudo flui com naturalidade, sem sofrimento, mas com enriquecimento de atitude, de discernimento entre o certo e o duvidoso.
QUEM ACREDITA... SEMPRE ALCANÇA!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

São Paulo vence Goiás e entra para a história como Hexacampeão


HEXACAMPEÃO! O São Paulo soube lidar com a pressão extracampo, com a troca de árbitro na última hora e suspeitas sobre a lisura do jogo, e pôde comemorar o sexto título do Campeonato Brasileiro, após a vitória por 1 a 0 sobre o Goiás neste domingo, no Estádio Bezerrão, no Gama (DF). O time entrou para a história como o único hexa e o primeiro a ganhar o torneio três vezes seguidas.

O São Paulo FC sagrou-se hexa-campeão, ou tri-campeão seguido (o primeiro a realizar este feito no Brasil), no Campeonato Brasileiro 2008. Parabéns ao tricolor paulista que conseguiu o título ao vencer o Goiás, pelo placar de 1a 0.
Chegou um momento do campeonato onde ninguém mais acreditava que o tricolor do Morumbi fosse disputar o título nacional, nem mesmos os jogadores, nem mesmo o técnico Muricy Ramalho. Todos eles declaram, na época, que o time estava na luta por uma vaga na Libertadores da América 2009. Aliás, campeonato que o São Paulo é bem íntimo.

Mas o que os jogadores e treinador não poderia prever na época era que os times à sua frente, como Cruzeiro, Grêmio, Flamengo, Botafogo e Palmeiras começariam a perder jogos importantes, muitas vezes de forma boba e para times que estão na zona do rebaixamento. É claro que nada disso diminui a façanha sãopaulina, que partiu com tudo para cima dos adversários e ganhou os jogos necessários para assumir a liderança.
Mérito do treinador Muricy Ramalho, que fez a equipe jogar como nunca, apesar das deficiências técnicas e elenco enfraquecido pela saída de vários jogadores.
Mesmo assim orgulho-me de ser São Paulo Futebol Clube e dessa vez HEXACAMPEÃO!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dificuldades na cobertura jornalística em Santa Catarina



Haja o que houver, jornalista que é jornalista vai até onde for preciso para deixar seu leitor, ouvinte ou telespectador bem informado.

“Logo que chegamos, fomos para um abrigo e as histórias trágicas começaram a aparecer. A primeira foi a do Juliano. Ele contou que no momento do desabamento estava segurando a mulher com uma mão e a filha com a outra. Ele não aguentou e teve que soltar a mulher, mas aconteceu um outro desabamento que levou a filha também. Ele disse um frase que me chocou muito: ‘em um minuto eu perdi as duas’. Isso é o que a gente está cobrindo todos os dias. Acordo às 6h da manhã e vou dormir à 1h, ou mais tarde”.
(Depoimentos do jornalista Eduardo Nunomura, enviado especial de O Estado de S.Paulo)

As dificuldades da apuração

Além dos riscos, os jornalistas têm que se preocupar em dar a melhor história e fazer a melhor apuração possível. O tempo da matéria é diferente. O excesso de informações desencontradas acaba causando a desinformação, que pode induzir o jornalista ao erro.

“A gente tem que filtrar notícias, apurar muito bem. Tem que ser muito rápido. Tem que saber se a fonte é fidedigna ou não em minutos. Ontem, falaram que apareceram sete corpos no pé do morro do Baú. Eu não podia dar sem conferir. Eu precisava ver os corpos”.

O que é mais importante?

“As pessoas da redação não têm noção do que está acontecendo e ficam pensando só em publicar. Nós, aqui, temos que colocar as nossas vidas em segurança em primeiro lugar.”

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"Na medicina do amor, nem sempre, nem nunca!"


Putz, tem coisas que aparecem na nossa frente meio por acaso e define nosso momento perfeitamente. E então ouvi isso:

"Na medicina do amor, nem sempre, nem nunca!"

Eu quero escrever sobre essa figura de linguagem em relação ao amor. "Nem nunca, nem sempre". Essa foi uma das mais simples definições que ouvi para o sentimento supremo.

Se a gente vasculhar os pares que conhece, é muito possível que descubra que a maioria deles já teve pelo menos um rompimento.
Eu não falo daqueles que vivem um 'relacionamento ioiô', num interminável vai-e-vem enfiado na lama crescente do ressentimento; esses, se atolam num constante ringue de luta livre, fazem do amor uma guerra, e acho que nem merecem muita consideração dada a incapacidade que têm de enxergar sua história com clareza e parar com o círculo vicioso em benefício próprio.

Eu falo daqueles que têm um entrave, muitas vezes gigante, no meio do caminho. É aquela traição eventual, um flerte que balança um dos parceiros, mas que a curto prazo se torna algo sem maiores conseqüências, ou uma dúvida existencial que questiona se aquilo que se está vivendo é mesmo o que se quer, pode ser um problema de família, a perda de alguém querido ou a iminência de perder, uma questão financeira, profissional, interna ou externa.

Pode ser qualquer coisa ou pode ser nada: de repente, a escuridão desce seu manto e um dos dois acha que a saída é romper. Sempre quem fica com a interrogação argumenta, mas é vencido pelos motivos reais ou inventados, não importa de quem decidiu por um ponto final na relação.
Claro que existem casos onde isso é definitivo, mas eu falo daqueles que reataram depois de passar por um intervalo emocional. Para esses, quando vem a pausa sobre a qual está depositada a esperança de eixo, é que começa o caos. A confusão generalizada se instala, um tipo de tumulto que ninguém entende: é só que sai tudo fora de controle, ao contrário do que se pensava.
Normalmente, não demora muito para que se perceba o equívoco — pelo que tenho visto, no máximo em seis meses. O que foi embora chega cabisbaixo, mansinho, sondando a receptividade de quem ficou — normalmente, magoado e triste, apesar de sobrevivente.
O entendimento se faz, o reatar é natural, e entre riso e lágrima, salta-se aquele período, esquece-se: faz-se de conta que não existiu, apenas se recomeça. De volta a confiança e com ela a serenidade, as antigas certezas, a vida de novo centrada.

Esse passado fica lá, perdido, e só deve ser lembrado quando a gente se pega questionando se aquele amor vale mesmo a pena, porque mora no ser humano uma eterna insatisfação. Mas os envolvidos passam a saber que, dali pra frente, não será qualquer vento que os derrubará.
A separação, para os que se amam verdadeiramente, fortalece. E traz a convicção de que o 'sempre' e o 'nunca' são tempos transitórios — já que nem um, nem outro, pode ser considerado eterno...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O primeiro a gente nunca esquece!


O slogan é batido, mas verdadeiro.
A frase que dá título a esse artigo é uma daquelas que ouvimos todos os dias.
Assim como não esquecemos a primeira vez que andamos de bicicleta (ou caimos dela), O primeiro beijo, o primeiro coração batendo forte, a primeira paixão, o primeiro amor de adolescência,o primeiro carro, a primeira vez no avião ou no trem, a primeira viagem ao exterior ou não, o primeiro filho, o primeiro salário, o primeiro copo de bebida, o primeiro celular, o primeiro pc,a primeira noite em que dormimos fora, a primeira conta-corrente, o primeiro talão de cheques, o primeiro cartão, o primeiro dia na faculdade, a primeira formatura, o primeiro emprego,o primeiro orgasmo, o primeiro livro, a primeira escola, a primeira amiga, o primeiro fora, enfim são tantos primeiros que se contar todos escreveria um livro só de "primeiros" da vida.

A adolescência é a fase de nossas vidas que mais nos proporciona essas tão sonhadas primeira vezes, e por que não, as mais temidas também, como, conflitos, descobertas, medos, angústias... Sentimentos comuns ligados na primeira vez. Mas tudo isso também pode ser bastante engraçado. Quantas vezes passamos por situações realmente complicadas e depois de certo tempo morremos de rir com aquilo? Mas como tudo isso é inevitável, vamos deixar os medos de lado e encarar a vida de frente. E a cada descoberta façamos dela uma lição de vida.
O importante mesmo é ser feliz!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

PERSISTÊNCIA


Persistência? Hummm, depende pra quê!

Acho que a pessoa deve persistir em busca do que é bom para si ou para o planeta (depois de decidir o que é bom para ela ou para o planeta...). É bom progredir, vencer, se realizar, terminar um projeto, mas... isso não vale para conseguir coisas aparentemente boas mas que são ilusórias. Não devemos persistir no erro, no sofrimento inútil, nos sonhos destemperados, nas quimeras. E entre as coisas a não merecerem nossa insistência está ser famoso, melhor que os outros, conseguir colocar os pés na Lua.

Ligia Fagundes Telles, em Ciranda de Pedra, nos alerta para não ficarmos tão preocupados com grandes feitos, e diz (texto adaptado por Elenita Rodrigues): "É preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas. A música ... Este céu que nem promete chuva ... Aquela estrelinha que está nascendo ali... está vendo aquela estrelinha? Há milênios não tem feito nada, não guiou os Reis Magos, nem os pastores, nem os marinheiros perdidos... Não faz nada. Apenas brilha. Ninguém repara nela porque é uma estrela inútil. Pois é preciso amar o inútil porque no inútil está a Beleza. No inútil também está Deus."

Há um pensamento que diz que nos portos os navios ficam seguros, mas não foi para isso que eles foram feitos. Creio que precisamos içar as velas e ir para o mar... mas escolhendo antes as rotas, e até alterando-as, mas sempre indo em direção a coisas boas, e modestas. Não precisamos descobrir a América ou um novo caminho para as Índias. Basta curtir a viagem.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Mudança existe e acredito nela!


A eleição está aí. Pode parecer chato irradiar novamente aquela conversa do voto secreto, do voto correto, do voto consciente e justo, mas sim, é preciso repetir e é preciso pensar bem, escolher bem e, sobretudo, cobrar depois.

Já chega de ouvir dizer que brasileiro é coitadinho porque muitos ainda não sabem votar. Acho que ninguém que vota é mais criança. Sabe exatamente o que está fazendo. E chega de votar em A ou B porque ele é pobrezinho, coitadinho, está doentinho ou sei lá mais que tipo de -inho ele é ou está. Voto não é sentimentalismo. Voto é compromisso, campanha, proposta e obra.

Sou a mais adversa das pessoas a essa tal de politicalha. Que vergonha! Acho que somos nós que podemos dar respostas para nossa indignação. Eu nunca vi uma campanha tão monótona e tão cheia de escândalos (forjados e/ou não) como esta. O que parece é que todo mundo decidiu ser “discreto” para não ter o tal do nome incluído em um dosiê?!

Ok, chegou a hora de fazermos valer o nosso voto. Isto não é campanha para A ou B; é campanha por um país que nos dê uma condição de vida mais digna. Vamos lá! E, consciência acima de tudo. Ou você quer contiunuar cantando a famosa música do Legião Urbana "Perfeição". Chega né!

PERFEIÇÃO - Legião Urbana

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia e toda a afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão
Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer da nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso
Com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção
Venha, meu coração esta com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça:
Venha que o que vem é perfeição…

O voto é um direito e votar consciente é uma obrigação!



As eleições se aproximam e é chegada a hora de decidir em um minuto, dia 5 de Outubro próximo o destino dos munícipes, até 2008, votando para prefeito e vereador de sua cidade. Sua atitude poderá levá-lo ao êxito ou ao caos, a médio prazo, ou a longo prazo, com as futuras eleições, tanto para cargos majoritários e proporcionais ou até mesmo, apoiando propostas contra os trabalhadores.
Sua posição poderá fazer a diferença nestas eleições. Pense ! Atente-se para os parecidíssimos discursos que ora são apresentados pelos inúmeros candidatos. Muitos deles, são impregnados de populismo, beirando a hipocrisia e a demagogia, armas estas, sempre bem utilizadas pelos oportunistas para enganar os eleitores menos atentos ou despolitizados.
Consciência, é votar e trabalhar politicamente para eleger candidatos e candidatas que deram provas concretas ao longo destes anos, que são fiéis aos princípios democráticos e aos clamores dos despossuídos. Há dois critérios para avaliar quais os candidatos (as) merecem nosso voto consciente: um critério geral – ideológico; e um critério específico – político.
Esses partidos que sempre serviram aos ricos e não ao povão, eles devem ser descartados, esse é um critério ideológico. Nosso voto deve ser norteado à aqueles (as) candidatos (as) que abertamente já provaram que não fogem da luta dos movimentos sociais e políticos reivindicatórios de inclusão de massa, e este é o critério político.
Assim, esperamos que com cautela você faça a melhor opção pois, em suas mãos e na sua consciência está lançado o seu futuro e de sua família. Avalie! Depois, será tarde demais

quinta-feira, 31 de julho de 2008

PRA SEMPRE CAZUZA

A vida veloz e cortante como um raio. Um relâmpago de poesia que iluminou a música brasileira pelas janelas escancaradas do rock. Vivendo cada minuto de seus 32 anos no planeta, Cazuza cantou como ninguém a dor e a delícia de sua geração. Pois aquele garoto que ia mudar o mundo, desejando todo amor que houvesse na vida, completaria 50 anos neste ano de 2008. Entre as homenagens ao compositor, morto em 1990, vítima da aids, este DVD apresenta imagens inéditas. Além disso, depoimentos emocionados que reuniu Caetano Veloso, Sandra de Sá e Ney Matogrosso, entre outros amigos e parceiros. Doido, amoroso, explosivo ou doce. Os adjetivos transbordaram sobre um consenso, espelhado na cadeira vazia que permanece intocada no acervo do compositor: Cazuza é insubstituível.



UNIVERSAL MUSIC
Título Original: Cazuza: Pra Sempre Cazuza
Ano de Lançamento: 2008
Recomendação: livre
Região do DVD: Multi-Região


Faixas
1. Exagerado
2. Medieval II
3. Por que a Gente é Assim
4. Vida Louca
5. Boas Novas
6. Ideologia - Part. Esp.: Frejat
7. Nosso Amor a Gente Inventa
8. Blues da Piedade - Part. Esp.: Frejat
9. Faz Parte do Meu Show
10. Todo Amor que Houver Nessa Vida
11. Codinome Beija-Flor - Part. Esp.: Simone
12. Preciso Dizer que Te Amo
13. Só as Mães São Felizes
14. O Tempo Não Para
15. Bete Balanço - Part. Esp.: Frejat
16. Um Trem para as... - Part. Esp.: Gilberto Gil
17. Brasil- Part. Esp.: Gal Costa
18. Clipe o Mundo é um Moinho
19. Depoimentos & Entrevistas
20. Clipe Faz Parte do Meu Show


terça-feira, 8 de julho de 2008

Cazuza, o ícone da Música Popular Brasileira


“A vida é bem mais perigosa que a morte” - Cazuza. Um dos maiores cantores da história do Brasil, Cazuza foi um ícone e para tanto ganhou um filme em sua homenagem. O longa ‘Cazuza’ de Daniel Filho e Sandra Werneck conta a vida do enigmático e sonhador artista que conquistou milhares de fãs em meados dos anos 80 e ainda vem conquistando mais admiradores, mesmo depois de sua morte. Suas músicas e frases marcaram época e estão por toda parte, encantando a todos que as ouve.A diretora do filme, Sandra Werneck, inspirou-se no livro “Só as mães são felizes”, escrito pela mãe de Cazuza, Lucinha Araújo para compor o longa. A mãe do artista conta no livro a respeito da sua convivência com o filho e suas reações diante dos comportamentos de Cazuza, desde a fama com o Barão Vermelho, à carreira solo e à morte, em que foi vítima da Aids.O elenco do filme é formado por atores globais, como Marieta Severo, que viveu dona Lucinha, Reginaldo Faria, que fez o pai do cantor, Pedro Paulo Rangel, Andréa Beltrão e Débora Falabella. O astro do longa é interpretado por Daniel de Oliveira, que soube encarnar o cantor de maneira idêntica, ele chegou a emagrecer 20 quilos para caracterizar Cazuza em sua fase terminal de vida. A interpretação de Daniel foi tão perfeita que houve cenas em que ele próprio cantou as músicas do homenageado.O filme recupera a fase jovem da vida de Cazuza, seu encontro com os músicos que futuramente formariam com ele o Barão Vermelho, sua carreira solo, sua dependência com as drogas, sua opção sexual e os momentos finais de sua história em que, já debilitado pela Aids resolveu encarar a doença, assumindo-a e fazendo shows. Dona Lucinha foi quem mais sofreu com a doença do filho, mas também soube lutar junto com o marido em busca da cura. No filme, Marieta Severo mostrou-nos a garra de uma mãe que acreditava no talento do filho e em seu sucesso.A incansável busca do artista pela liberdade não conhecia limites e se refletia em todas as áreas de sua vida – nas relações afetivas, nas novas experiências, no amor pelo perigo, na criação artística. Ele logo descobriu que a música era a melhor maneira de expressar seus pensamentos e anseios, a partir disso Cazuza compôs músicas que refletiam todos seus sentimentos e passou a encantar multidões de brasileiros. O cantor morreu aos 32 anos, em 1990, e até hoje suas músicas são lembradas e cantadas.

Cazuza e o retrato do artista quando jovem



Sob maciça campanha de marketing da TV Globo estreou Cazuza – O Tempo Não Pára, dirigido por Sandra Werneck (de Amores Possíveis) e Walter Carvalho (mais conhecido como diretor de fotografia, mas já experiente em direção como co-diretor do documentário Janela da Alma). O filme é baseado no livro de Lucinha Araújo, mãe do músico, Só as Mães São Felizes, e em depoimentos recolhidos pela produção com pessoas do convívio do cantor e compositor morto em 1990 de Aids. Ao corte final de Cazuza, tem-se uma obra que exibe um artista rebelde, em certo ponto mimado, nascido para a transgressão, apesar de não-nociva à sociedade, em que seu lema parece ser o carpe diem, aproveite o dia. Cazuza foi até morrer um bon vivant, amante das drogas, do sexo casual e homossexual, mas, acima de tudo, da música. Sua música era seu alvo maior, todo o resto parece ser apenas parte integrante desse todo que foram suas composições, desde o tempo do Barão Vermelho até as letras solo. Se um filme sobre um artista é quase sempre feito para mitificá-lo ou, pelo menos, manter sua aura de artista, Cazuza consegue algo paradoxal: ele introduz a figura de Cazuza como um porra-louca (lembremos que a ordem está dentro da desordem), mesmo quando doente e às vésperas da morte, sem se apegar a artifícios próprios da mitificação fácil. Cazuza era maconheiro, homossexual, desobediente e indisciplinado – isso tudo está nas telas –, mas, ao mesmo tempo, era um cara sensível, romântico, desamparado – e isso está apenas em suas canções. Dentro de Cazuza – O Tempo Não Pára, temos esses dois Cazuzas unidos pela linguagem visual e pela linguagem sonora. Da interpretação do personagem e sua personalidade sedutora e rebelde acompanhamos o som de suas músicas, no início mais agitadas devido ao diálogo com o rock’n’roll, mas depois mais líricas, carregadas de melodias e sentimentos. Nesse retrato dúbio do personagem está a grandiosidade desse filme, saber costurar tão bem vida e obra, fechando um ciclo que no fundo é o que se pode absorver do artista. O filme começa com uma seqüência muito representativa. Temos Cazuza caminhando em direção a uma casa com andar descolado, cabelo desarrumado e óculos de sol redondinho. Dirige-se à casa que seria de um dos membros de uma banda. Ele entra, logo pega um baseado, o microfone e se põe a cantar. Estava formado o Barão Vermelho. Eis o mote de Cazuza no filme: tudo com ele seria assim, feito e realizado com intensidade, na intempestividade do momento. A gravação com o Barão, o primeiro romance homossexual, as brigas com os pais, a rápida passagem pela prisão por excessos da juventude etc..
O que mais impressiona em Cazuza – e disso dependia a qualidade final do filme – é a atuação de Daniel de Oliveira. O ator canta, dubla, se relaciona, se entrega por inteiro ao retrato do artista que propõem fazer os diretores. Ele, Cazuza, domina amplamente a tela e essa obsessão pelo cantor reflete, talvez, o seu lado mais egocêntrico. Claro que são conjecturas dizer que ele era egocêntrico ou qualquer outra coisa, mas, pelo que se vê no filme, Cazuza era ele e nada mais. Cazuza, para Cazuza, se bastava. Era um auto-suficiente ou, no jargão da biologia, um ser autótrofo. É a impressão que fica quando temos sua saída do Barão Vermelho, mesmo sob pedidos ostensivos de Frejat, a relação de independência perante os pais permissivos, principalmente a mãe, e seus romances homossexuais sem apego emocional. Certamente que dentro da porra-louquice do cantor e compositor houve espaço para o drama da sua luta contra a Aids. E é aqui que o filme perde em ritmo, mas ganha em emoção, pois entra em cena a participação não apenas ilustrativa dos pais, interpretados por Marieta Severo e Reginaldo Faria. Cazuza emagrece, perde forças, mas continua a compor e a viver. Não deixa de fumar, mantém certa rotina de encontrar amigos para a farra, pois sabe que o fim está próximo e que não terá muito o que fazer na eternidade. Nessa toada, um amadurecimento do artista se processa, e sentimos isso mesmo no filme, com as músicas mais harmoniosas, reflexivas e, em certa medida, desesperadas. Da paranóia e vivacidade das canções com o Barão Vermelho, Cazuza parte para a melodia mais carregada de emoção e letras mais apaixonantes que questionam certas convenções. A direção musical é sem dúvida o que dá ao filme sua forma exuberante, pois Cazuza – O Tempo Não Pára é um álbum de fotos musicado do cantor. As músicas inseridas em cada contexto, como a narrar o que se passa com seu autor, ajudam a compreender o mundo que vivia Cazuza. O mundo dos anos 80, da volta da democracia ao país e os jovens a sair de suas tocas. A liberdade reconquistada e por sua geração pela primeira vez experimentada. Prenda um homem por 20 anos desde seu nascimento e depois o solte à sociedade. A forma de extravasar de Cazuza foi a que vemos no filme – sexo, drogas e rock’n’roll. Alguém haveria de condenar?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A consciência que pulsa!

A consciência é algo tão maior e temos a pretensão de limitá-la. É prudente compreender os seus mecanismos e metas, pois o seu desenvolvimento é a própria evolução humana. Uma síntese é necessária para podermos integrar as fragmentações que ficaram por milênios perdidas, onde muitas pessoas ainda hoje buscam fora o que está dentro de si mesmas. É chegado o momento da grande síntese, isto é, a integração cada vez maior do conhecimento, para podermos atingir o cerne do homem e o seu processo evolutivo no universo. A Psicologia da Consciência traz uma compreensão da dimensão do ser humano, tendo-se em vista o campo da consciência, vasto ainda, cheio de revelações e descobertas mas inerente em seus mais variados aspectos. Ela tem a possibilidade de integrar os mecanismos da psique humana considerando o seu campo energético.
Muitas pessoas se queixam da grande angústia existencial e se sentem perdidas precisando retornar ao seu núcleo, ele é integrador. Geralmente este processo é desencadeado pelas grandes crises familiares, doenças, decepções, tragédias, etc..
É importante sabermos que nenhum ser humano escapa deste processo evolutivo natural, pois ele é de inteira responsabilidade pessoal. A consciência, a espiritualidade, a matéria e a vida, tudo está interconectado e inter-relacionado. A teoria dos sistemas chegou para nos mostrar isso ela nos mostra a importância da interatividade. Quanto mais distantes da essência estivermos, mais desconexões, distúrbios surgem e se refletem como sofrimentos, dores. Quanto maior estamos integrados com a nossa essência, mais prazer, alegria, amor, plenitude, poderemos experimentar.
Uma grande luta, talvez a maior de todas, ocorre dentro de nós e, na maioria das vezes, dura toda vida: o terror da entrega e o medo da unificação. Ansiamos retornar à origem da consciência, mas temos medo. Nos acostumamos ficar na escuridão com as nossas negações, egoísmos, negatividades, orgulho, individualismo, exclusivismo e separação que fortalecem o nosso egocentrismo na exclusão, na divisão e na dor. Muita energia é desprendida. As várias religiões através dos tempos tentaram minimizar estas dificuldades através de seus conceitos e filosofias, mas, projetando para os objetos externos o mal que prejudica o homem. Aceitar a ordem cósmica é não se sentir separado e sim pertencente e integrado. É ter consciência de sermos este rio que corre para a direção do núcleo; é confiar na supremacia da vida.
A nossa criança ferida interior não quer se responsabilizar por nossas dificuldades. Nós também não queremos nos responsabilizar pelos sofrimentos que causamos para nós e para os outros. A auto-responsabilidade é de suma importância no processo pessoal, para que possamos rumar para o nosso processo evolutivo real, o desenvolvimento pleno da consciência . Então vejamos:
O que você está fazendo agora? Pense nisso. Olhe para a sua vida. O que não está bom? Olhe para o seu corpo, para a sua energia como está ela? Comece a transformação através da energia da vontade, pois você é energia e consciência todo o tempo. A vida pulsa dentro de você. Avalie como está a sua realidade, ela está amena ou conturbada? Onde você está? Qual seu discernimento de criar esta responsabilidade para você? A sua consciência está unificada?
Não é tempo de ficar em cima do muro. Existe um processo construtivista da sua alma, da consciência que é dinâmico, continuo. Olhe para a beleza do pássaro que canta, olhe para a magnitude do pôr do sol, sinta o acariciar do vento em seu rosto. Você pode sentir isto? Ver e perceber? Ou você está na loucura, insensível e aprisionado em amarras que você mesmo criou no decorrer das suas experiências pessoais?
É sempre bom lembrar que a vida, o coração e o amor pulsam. É bom termos a consciência que estamos vivos agora com um imenso universo pulsando dentro de nós.

domingo, 18 de maio de 2008

“Até quando você vai levando... Porrada! Porrada”!

A sociedade brasileira assiste a própria destruição sentada em uma poltrona e comendo pipoca. O povo é pacato e não consegue reagir, apenas reclama da situação do país. Na hora do voto a consciência se apaga e se deixa vender por cestas básicas ou até mesmo por um cargo de confiança. Aliás, será que por algum momento há consciência? Vivemos uma guerra civil. O medo censura a mente das pessoas e a capacidade de gritar bem alto: a própria independência.
O tráfico virou comércio e a televisão um meio para iludir o telespectador. Até quando os brasileiros ficarão parados esperando algo acontecer? Não se cansa de levar tapa na cara? Não se cansa de virar a outra face?
É vergonhoso o esquecimento do que acontece em Brasília. Tudo não passa de um espetáculo, no qual os palhaços somos nós mesmos!
Não esqueço aquela música do Gabriel Pensador: “Até quando você vai levando... Porrada! Porrada! Até quando vai ficar sem fazer nada...”. Descreve certinho o nosso Brasil. A justiça prendendo o pobre, apoiando a polícia que mata, libera o deputado e julga como traficante, àquele que trabalha e quase morre de fome para pagar o salário dos políticos. Os estudantes são hipócritas querem cada vez mais consumir drogas e ganhar com isso. Está tudo errado e nós ficamos sentados de braços cruzados e não imaginamos o quanto que podemos fazer.
O pensamento de mudança assusta, mas é essa ferramenta importante para não nos deixarmos virar capachos. Ao invés de usarmos uma “coleira”, vamos reagir e agir com olhos de lince. Façamos jus à própria sapiência e tenhamos fé... Tudo ao nosso redor nos movimentará e nada irá nos deter!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Os 50 imaginários anos de Cazuza

A gravadora Universal Music irá lançar um DVD com gravações feitas por ele para a Rede Globo de Televisão. O DVD vai reunir takes captados em 1985 para o programa Mixto Quente e um especial produzido em 1989. Está sendo arquitetado também um grande show com participação de estrelas do rock e da MPB, que aconteceu no dia 1º de maio no Rio de Janeiro (RJ) - e virará um DVD.Mas é difícil imaginar como estaria hoje a música e a cabeça desse poeta e compositor que soube como poucos encarnar o espírito libertário do rock na década de 80.
Cazuza personificava o exagero, o excesso. De talento. De vida. De amor. De poesia despudorada como a que pôs em letras antológicas feitas para os primeiros discos do Barão Vermelho, o grupo carioca que o projetou para o Brasil, a partir de 1982. Cazuza era do rock. Mas também da música brasileira mais passional. É como se Janis Joplin encontrasse Lupicínio Rodrigues no Baixo Leblon. Com um aceno para Dolores Duran. E para os que transitavam no dark side.Cazuza morreu jovem, devastado por uma Aids impiedosa que corroeu as defesas de seu organismo, mas que, em contrapartida, fortaleceu as imagens de seus versos, lapidados pela maturidade precoce imposta pela vivência de uma doença tão cruel.

Ousadia
Aquele garoto que ia mudar o mundo morreu jovem. E, como todo jovem talento que sai forçosamente de cena na plenitude do cumprimento de sua missão artística, virou mito. Não envelheceu como artista diante de seu público. Difícil imaginar Cazuza aos 50 anos, já que, com 30, ele ousava ser um roqueiro que incursionava pela música brasileira quando ainda existia um muro imaginário dividindo o rock e a sagrada MPB.
Cazuza embaralhou as cartas desse mercado no seu melhor disco solo, Ideologia, gravado em 1988 com urgência, já sob efeito das reflexões e balanços provocados pela doença. Certo é que sua obra passou com louvor na peneira do tempo, por conta da forte originalidade.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Vida pela Arte

Cazuza foi um poeta inquieto e irreverente que, através da música, questionou a sociedade burguesa pós-revolução de 64, pós-anistia.
Considerava careta toda a forma de discriminação ou preconceito.
Poeta romântico que cantou o amor não romântico. Questionou as relações e exigiu: Brasil mostra a tua cara. Herdeiro de um país cuja cultura fora espoliada e represada pelo autoritarismo, gritou suas angústias, seus amores e seus desejos levando uma legião de jovens ao êxtase, à busca da felicidade pela liberação do corpo: "Eu não consigo ser de ninguém", dizia. Intenso, exposto e ao mesmo tempo terno e afetivo. Seu canto influenciou uma geração. Sua poesia exaltou o amor, refletiu sua concepção da vida. Acreditava que havia o certo, o errado e todo o resto. Todo o resto nutria a sua poesia.
Quando repreendido por Lucinha, sua mãe, dizia: "Sou seu filho único, única perfeição". Sobre as mulheres em geral, falava, "as mães têm que parir os filhos duas vezes, a primeira quando a gente nasce e a segunda quando a gente cresce". Com Lucinha foi diferente. Ela pariu Cazuza pela terceira vez quando fundou a Sociedade Viva Cazuza e, depois, quando gestou com a escritora e jornalista Regina Echeverria o livro ‘Só as mães são felizes’.
A obra deu origem ao filme: nasceu o mito. Sandra Werneck contou a história sendo fiel ao comportamento e aos preceitos de Cazuza sem, contudo, deixar de ter cumplicidade às memórias afetivas de Lucinha. Transitou pelos caminhos belamente, recriando cada cena da trajetória do biografado sem ferir a ética, respeitando cada uma das personagens, pessoas que tanto o amaram em vida. A grandeza desse filme reside na fidelidade e cumplicidade entre as quatro mulheres que criaram a história. Lucinha por ter parido seu filho pela terceira vez, mitificando-o. Regina por ter transformado suas confissões em um belo livro. Sandra por tê-lo transformado numa obra poética, imagens em movimento. E Marieta Severo pela coragem e talento ao representar iconicamente uma mulher - Lucinha - viva, ativa e conhecida no Brasil inteiro.
O olhar feminino dessas quatro mulheres sobre a história da sociedade contemporânea mostra como é possível re-significar, sem preconceito, aquilo que está posto, sem perder as características éticas e emocionais.
Como Cazuza, a minha geração perdeu seus ídolos de overdose, mas a vida não pára, e a construção da sociedade da diversidade e do respeito pelo outro continua. Precisamos ainda dizer "que te amo, te ganhar ou perder, sem engano", como dizia Cazuza.

Meio Bossa Nova e Rock'n Roll

É bem clara a proposta de Cazuza de transgredir o próprio rock, sair do lugar-comum da rebeldia e fazer parte de um universo lírico-amoroso, cuja música nunca mais tocou, ou seja, os eternos desencontros do amor filtrados por uma atmosfera e uma sensibilidade consideravelmente poética.

Essa sua capacidade de coleta e reorganização de dados proporcionou uma grande riqueza às suas produções musicais e ao contrário do rock, já que sua alma era MPB. Cazuza fez o diálogo entre os vários estilos, usando toda a sua formação musical e cultural para criar algo diferente do velho rock, principalmente em sua atuação solo. Exemplar disso é a instigante letra de Faz Parte do Meu Show.

O eu-lírico está presente na composição e há ainda uma ênfase na função emotiva da linguagem e uma intensa carga emotiva egocêntrica.

"Não sou nada radical" afirmava ainda o cantor, porém nesses momentos ele parecia mais compositor anti-rock. A melodia de Faz Parte do Meu Show deixa bem claro que se trata de um entre-lugar meio Bossa Nova e Rock'n Roll, especialmente se lembrarmos dos violinos que ajudam a compor a música, uma configuração totalmente híbrida pela docilidade harmônica.

É esse Cazuza, todo meigo, que vem à luz em sua composição com maior aspecto de Bossa Nova, seja pelo ritmo, seja pela letra ou então pela conjunção das duas realidades que fazem do todo algo de grande qualidade e sensibilidade artística.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O Mito de uma geração ansiosa por mudanças

Quando falamos do MITO Cazuza, nos movemos não apenas pelo desejo de recordar o poeta e cantor, mas também fazer emergir uma pessoa que, no seu tempo, foi esestabilizadora e ícone de uma geração ansiosa por mudanças. Relembrar o artista é sentir, além do prazer de verificar a revelação de valores novos, também verificar o que, na atualidade, se guarda desse jovem mito brasileiro.
Cazuza é um mito porque escolheu a intensidade à longevidade. Afinal, todos sabem que para a continuidade da vida não basta viver muito tempo, mas viver intensamente o pouco tempo para que seja lembrado por muitos, ou se esquecido, possa emergir assim que outros homens precisem de modelos transgressores.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Eterno Exagerado



Depois de assistir ao Filme Cazuza "O TEMPO NÃO PÁRA"!, comecei a me interessar sobre sua história. Poucos saibam, mas Agenor de Miranda Araújo Neto era o nome completo de Cazuza. Autor de belas canções, com letras marcantes, o “poeta exagerado” nos deixou no dia sete de julho de 1990. No último dia 4 de Abril, completaria 50 anos.
O cantor, compositor, poeta deixou saudades. Cazuza foi a voz de uma geração. Falou de amor de maneira profunda. Muitas vezes, aliás, sem a necessidade de utilizar uma linguagem rebuscada. Explorou o nobre sentimento como nenhum outro talvez o tenha feito.
Seu filme, que foi campeão de bilheteria em 2004, ajudou a prestigiar o cinema nacional.Quem conheceu a vida e a obra do Poeta sabe o quanto ele foi importante para a nossa sociedade. O que citei aqui é muito pouco diante de tudo o que Cazuza representou e representa até nos dias atuais. Acredito que o maior presente para o nosso aniversariante cinquentenário, tenha vindo de sua mãe: A Sociedade Viva Cazuza, que ajuda a manter sua memória e representa a continuação de sua luta contra a aids.
Seria óbvio dizer que Cazuza é eterno, muitos dizem isso sem saber exatamente o que quer dizer tal frase.Cazuza foi o grande poeta de uma geração, e de tantas outras que vieram após sua passagem. Passagem sim, porque tudo e todos que são eternos não morrem, simplesmente passam. Ele influenciou, xingou, cantou, compôs (e como compôs), falou, pulou, dançou, revolucionou toda uma geração, mas nada disso foi suficiente, ele queria mais, ele sempre queria mais.
Quem nunca ouviu uma música dele sem se identificar? Quem nunca se pegou refletindo por causa de uma música dele?
Acho fascinante entrar em foruns ou comunidades sobre Cazuza e ver a quantidade de adolescentes presentes, a maioria usava frauda quando ele morreu (ou senão, tinha largado havia pouco tempo) e mesmo assim o tem como ídolo, o que não é difícil. Hoje em dia ter atitude é subir num palco e falar meia dúzia de palavrões pra cada verso de música, mas por sorte nem todos os adolescentes se contentam com isso, buscam mais que "vai se fuder, mano", querem música de verdade, querem poesia! Isso sim é atitude!Atitude de encarar a vida de frente!!!
Um Poeta genial que sabia perfeitamente descrever paixões e dores, com seu estilo sedutor, carismático, sensitivo, polêmico, transgressor, transparente, corajoso, inigualável.
Sua vida, sua carreira e sua memória nos trouxe e traz muitos benefícios: Nos permite cantar, dançar, sonhar e refletir com suas maravilhosas composições, de todas as suas expressões de coragem, a mais admirável é a de ter sido o primeiro artista brasileiro a revelar publicamente a aids, ajudando com esta atitude, a diminuir o preconceito e aumentar a prevenção à doença!
Poucos terão, como Cazuza, vivido e ensinado tanto em tão pouco tempo e ter dado tanto de si para a vida em forma de total e vertiginosa entrega à arte que viveu tão intensamente com o talento, coragem e determinação. Entre delícisas e sustos, gargalhadas e sobressaltos, foi irreverente a construção do grande poeta que desregrou uma geração com suas atitudes e pensamentos!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Formal Apresentação!




Olá amigos Blogueiros!


Aqui mais uma nova integrante para expressar suas idéias, realidades, crítica, discursiva e prática!


Prazer! rs


Chega de blá blá blá e vamos ao que interessa.