segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dificuldades na cobertura jornalística em Santa Catarina



Haja o que houver, jornalista que é jornalista vai até onde for preciso para deixar seu leitor, ouvinte ou telespectador bem informado.

“Logo que chegamos, fomos para um abrigo e as histórias trágicas começaram a aparecer. A primeira foi a do Juliano. Ele contou que no momento do desabamento estava segurando a mulher com uma mão e a filha com a outra. Ele não aguentou e teve que soltar a mulher, mas aconteceu um outro desabamento que levou a filha também. Ele disse um frase que me chocou muito: ‘em um minuto eu perdi as duas’. Isso é o que a gente está cobrindo todos os dias. Acordo às 6h da manhã e vou dormir à 1h, ou mais tarde”.
(Depoimentos do jornalista Eduardo Nunomura, enviado especial de O Estado de S.Paulo)

As dificuldades da apuração

Além dos riscos, os jornalistas têm que se preocupar em dar a melhor história e fazer a melhor apuração possível. O tempo da matéria é diferente. O excesso de informações desencontradas acaba causando a desinformação, que pode induzir o jornalista ao erro.

“A gente tem que filtrar notícias, apurar muito bem. Tem que ser muito rápido. Tem que saber se a fonte é fidedigna ou não em minutos. Ontem, falaram que apareceram sete corpos no pé do morro do Baú. Eu não podia dar sem conferir. Eu precisava ver os corpos”.

O que é mais importante?

“As pessoas da redação não têm noção do que está acontecendo e ficam pensando só em publicar. Nós, aqui, temos que colocar as nossas vidas em segurança em primeiro lugar.”

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