sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O chamado 11 de Setembro, dez anos depois

No próximo domingo, 11 de setembro completará 10 anos do maior ataque que o mundo já vivenciou. Uma década se passou desde que os ataques terroristas no coração dos Estados Unidos sacudiram o mundo e marcaram a entrada ao século 21.

Foto tirada no momento do ataque

As imagens ficaram gravadas na memória de todos: na ensolarada manhã do dia 11 de setembro de 2001 dois aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, que desabaram horas depois, quando já se conhecia que outra aeronave tinha impactado contra o Pentágono, em Washington, e que mais uma tinha caído em um campo aberto na Pensilvânia


Os ataques do 11 de Setembro, perpetrados pelo grupo extremista Al Qaeda, satanizaram os muçulmanos e árabes no mundo ocidental. De acordo com o artigo “The Expulsion From Disneyland” (“A expulsão da Disneylândia”), publicado pela Associação Americana de Psicólogos (APA, na sigla em inglês), “quando os responsáveis não podem ser castigados diretamente, as pessoas atacam alvos que percebem ser similares, em algum aspecto, a quem cometeu o ataque”. 
Estes especialistas também analisam o impacto dos ataques do 11 de Setembro, uma década após ocorridos e afirmam que, segundo uma pesquisa realizada em 2010 pela instituto Gallup “43% dos americanos aceitaram ter um ‘pequeno’ preconceito em relação aos muçulmanos, e 53% reportaram uma visão desfavorável da fé islâmica”.
Estes especialistas também afirmaram que, além desse crescente preconceito, foram gerados outros fatores de diferente duração na sociedade americana. Por exemplo, cresceu a disposição a ceder direitos e liberdades civis para ter mais segurança, da mesma maneira em que se exacerbou o patriotismo e se aumentaram as doações e o compromisso social.

Osama bin Laden, cérebro do ataque, se tornou então o homem mais procurado pelos EUA, tanto é que a maior potência militar do mundo iniciou uma invasão no Afeganistão para encontrá-lo. Sua morte foi anunciada no dia 2 de maio, em uma operação que revelou poucos dados e que terminou, aparentemente, com o corpo do terrorista no fundo do mar.

Dez anos se passaram desde essa fatídica cena na qual o terror sacudiu os Estados Unidos dentro de suas fronteiras, um amanhã que uma década depois, mudou o mundo e que marcou o começo do século 21, ficará para sempre na memória de todos.





sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Será que esse Sistema dará certo?


O governo anunciou, depois da tragédia que se abateu sobre as cidades serranas do Estado do Rio, a criação de um Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais. Até aí, tudo bem. Era necessário tomar uma providência enérgica para modificar a maneira como são encarados os desastres ambientais no Brasil, quer dizer, sem nenhum plano de prevenção.
O ministro de Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante afirmou que o novo sistema deverá funcionar a pleno vapor daqui a quatro anos, mas que os primeiros resultados já aparecerão em 2012. É claro que não dá para montar um Centro que exige uma estrutura técnica bem organizada em um mês, mas precisamos de medidas a curto e a médio prazo para que novos desastres não ocorram ainda em 2011, já que a temporada de chuvas se estende pelo menos até março.
Falta no Brasil um sistema de comunicação que alerte a população quando um acidente de proporções graves está para acontecer, a partir de fotos de satélite. Praticamente toda a população tem um aparelho de televisão em suas casas. Basta alguém da Defesa Civil, orientado por um órgão do governo, fazer um alerta direto, avisando para que a população de determinada área saia de casa e vá para abrigos em algumas horas. Isso poderia ter ocorrido na região serrana e evitado muitas mortes.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A maior catástrofe registrada nos últimos anos


No estado do Rio de Janeiro, cidades como Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis sempre foram referências de tranquilidade, conforto e turismo. Em virtude das chuvas que ocorreram com grande intensidade a partir do dia 11 de janeiro de 2011, na região serrana do estado, o Brasil testemunhou a maior tragédia climática na histórica de nosso país.
Até então, a maior tragédia registrada tinha ocorrido em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, quando morreram 436 pessoas. Em janeiro de 2011, nos primeiros dias de tempestades e consequentes enchentes e desabamentos, mais de 600 pessoas morreram nos municípios da região serrana do estado do Rio de Janeiro.
As catástrofes também atingiram as cidades de Bom Jardim, Areal, Itaipava, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. Nos primeiros dias de chuvas, a maioria das mortes ocorreram em Nova Friburgo e em Teresópolis.
Além de vidas humanas, essas regiões tiveram perdas materiais como desabamentos de casas, ruas e vilas inteiras; e perdas na infraestrutura de serviços essenciais como abastecimento de água, esgoto, energia elétrica e telefonia. A cidade de Teresópolis era apontada como a responsável por 70 % das hortaliças produzidas no estado do Rio, porém, as chuvas levaram 80% das plantações.
As cidades serranas atingidas pelas chuvas receberam reforço de mais de 200 homens da Força Nacional de Segurança, equipes de limpeza pública, voluntários na área de saúde e resgate. O Exército também enviou cerca de 400 soldados, 6 helicópteros, 30 veículos e equipamentos de apoio.
No dia 14 de janeiro de 2011, a cidade de Teresópolis sofreu com o boato de saques em seu centro comercial, forçando comerciantes a fecharem as portas. No dia 15 de janeiro, a chuva se intensificou mais na cidade de Nova Friburgo, causando novas enchentes e riscos aos moradores da cidade.
Apesar de todos os esforços junto aos governos locais, o governo federal admitiu perante à ONU (Organização das Nações Unidas), que o nosso país, até então, encontra-se despreparado para evitar mortes e mitigar efeitos trágicos em vários municípios do Brasil que possuem proximidade com rios, encostas sem monitoramento ambiental e moradias irregulares.
Em comparação à países como EUA, Canadá e Austrália, onde o volume de chuvas tem sido maior e onde há a ocorrência de tornados e furacões, no Brasil ainda morre-se muito mais em decorrência das enchentes e das chuvas fortes.
No final de 2010, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) já havia alertado sobre a violência de fortes temporais que iriam ocorrer nas primeiras semanas de verão no ano de 2011, no Brasil.
Perante a preocupação da ONU, a partir de 2005, governos de todo o mundo geraram um acordo visando um plano de redução de risco que prevê a geração de melhor resposta e soluções às catástrofes de origem natural. Mas, segundo documento apresentado em 2010, pelo Brasil, a defesa civil brasileira e demais órgãos de socorro encontram-se despreparados para grandes catástrofes.